O procurador geral da República Rodrigo Janot entregou ao Supremo, na tarde desta terça-feira (03), os documentos com os nomes de 54 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás investigados pela Operação Lava Jato.
Segundo informou a Folha de São Paulo, os presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foram informados na sexta-feira pelo vice-presidente Michel Temer de que seus nomes estão na lista.Os delatores da Operação Lava Jato também citaram parlamentares do PT, PP,PSDB e PSB.
Na lista há autoridades e também pessoas que não possuem prerrogativa de foro mas que estão na lista porque os supostos crimes que cometeram têm conexão com os dos políticos (presidente,ministros,deputados e senadores só podem se investigados pelo Supremo Tribunal Federal).
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa revelou o nome de 28 políticos supostamente beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras. A publicação afirma que entre os mencionados estão o ex-ministros Edison Lobão (Minas e Energia); Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades); o governador do Acre, Tião Viana (PT); os ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), além de deputados e senadores de PT, PMDB, PSDB e PP. Os políticos citados negaram participação.
O procurador-geral solicita a derrubada do segredo de justiça. A decisão de tornar ou não as informações públicas cabe ao ministro Teori Zavascki, relator das apurações da Operação Lava Jato.
A tendência é que se derrube o sigilo de todos os inquéritos. Somente após essa decisão é que os nomes serão divulgados. Senadores, deputados e ministros têm foro privilegiado no STF e por isso, o procurador-geral precisa pedir à Corte autorização para abertura de inquérito.
Rodrigo Janot também solicitou uma série de diligências como quebra de sigilos bancários e fiscal dos políticos.
Para garantir a eficácia das investigações, esses procedimentos são mantidos em sigilo. Caberá a Zavascki decidir se abre os inquéritos e atende aos pedidos de diligência solicitado por Rodrigo Janot. É de praxe os magistrados aceitarem a abertura de investigações quando o pedido é feito pelo Minstério Público Federal.
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