sábado, 21 de fevereiro de 2015

COMO CALCULAR O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DE UM EQUIPAMENTO QUALQUER

O consumo de energia de cada aparelho depende da sua potência.
Para funcionar, os aparelhos eletrônicos consomem quantidades diferentes de energia
O consumo de cada um depende da sua potência - normalmente apontada na embalagem e manual do produto — e do tempo de utilização. O cálculo é feito multiplicando-se estes dois valores.
Por exemplo: Um chuveiro elétrico de 5.500 W de potência e um banho de 12 minutos.

O primeiro passo para calcular o consumo de energia é transformar a potência para kW, dividindo-a por mil, e o tempo para horas, dividindo-o por 60. Portanto, teremos:

P = 5.500W/1000 = 5,5kW
Δt = 12min/60 = 0,2h

Com a potência em kW e o tempo em horas, teremos o resultado em kWh, medida convencionalmente utilizada para apresentar o consumo de energia em nossa conta de luz. Agora é só aplicar a fórmula:

E = P . Δt
E = 5,5kW . 0,2h
E = 1,1 kWh

Se soubermos o valor cobrado pelo kWh, é possível calcular o custo do banho. O site da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) (http://www.aneel.gov.br/) disponibiliza o custo para cada localidade.
Se consultarmos São Paulo, por exemplo, onde a tarifa cobrada é de R$ 0,28/ kwh, teremos o seguinte resultado:

Consumo = 1,1kWh . 0,28 R$/kwh = R$ 0,308

O custo de um banho é, portanto, de 30 centavos. Isso significa que, em uma casa com um banho diário de 12 minutos, o gasto mensal será de aproximadamente R$ 9,00.

Esse cálculo pode ser feito para todos os equipamentos elétricos, e é uma ferramenta eficiente para se ter o controle e uma estimativa dos gastos com energia elétrica em qualquer ambiente, seja residencial ou comercial.

Outros exemplos:

Exemplos

- Um chuveiro funciona 2 horas por dia, logo seu consumo é: 3.600 W x 2 horas = 7.200 Wh/dia
Aqui temos que fazer uma pequena conta que é transformar Wh (Watts hora) em kW (quilo Watts hora) é só dividir o valor encontrado por 1000. Similar a 1 km que é 1000 metros ou 1 kg que é 1000 gramas.
No nosso exemplo, o chuveiro consome 7.200 Wh/dia = 7,2 kW/dia
Desta forma, para calcular o consumo de energia elétrica por mês é só utilizar a expressão:
Consumo = Potência do aparelho em Watts x horas de funcionamento por mês
1.000

- exemplo com 2 equipamentos:

2 lâmpadas de 100 W funcionando 8 horas por dia pelo período de 1 mês (30 dias)

Consumo = 2 x 100 W x 8 horas/dia x 30 dias
1.000
Consumo = 48 kWh/mês

- 1 computador de 150 W funcionando 10 horas por dia durante 1 mês (30 dias)

Consumo = 1 x 150 W x 10 horas/dia x 30 dias
1.000
Consumo = 45 kWh/mês

Consumo total  destes equipamentos= 48 + 45 = 93 kWh/mês

Este cálculo deve ser feito para todos os equipamentos elétricos porque o medidor de energia elétrica vai medir, durante um determinado período, em média 30 dias, o consumo de TODOS os aparelhos.
Por isto é importante você saber calcular o consumo e aprender com fazer seu acompanhamento eficiente.
Agora para saber quanto custa o funcionamento de cada aparelho elétrico multiplique o valor encontrado pelo valor da tarifa vigente em seu Estado. Veja no site da sua concessionária de energia elétrica o valor da tarifa.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

COMO CALCULAR O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)

Como calcular o seu IMC?

O cálculo do IMC é feito dividindo o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado.

É simples calcular o seu IMC.

Por exemplo, se o seu peso é 80kg e a sua altura é 1,80m, a fórmula para calcular IMC ficará:

IMC = 80 ÷ 1,802
IMC = 80 ÷ 3,24
IMC = 24,69

De acordo com a tabela do IMC http://www.calculoimc.com.br/tabela-de-imc/, você está no seu peso ideal.

Outro exemplo, se você pesa 70kg e mede 1,50m, o cálculo do IMC será:

IMC = 70 ÷ 1,502
IMC = 70 ÷ 2,25
IMC = 31,11

De acordo com a tabela do IMC, você está com obesidade de nível 1.

Se preferir evitar este monte de cálculos, preencha o formulário acessando o site http://www.calculoimc.com.br/ com seu peso e sua altura. O seu IMC será calculado e mostrado imediatamente.

Mais dúvidas sobre o IMC:

O que significa IMC? - IMC é uma sigla utilizada para Índice de Massa Corporal, que é uma medida utilizada para medir a obesidade...

Como fazer o cálculo do IMC? - O cálculo do IMC é feito dividindo o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado.

O IMC é o mesmo para crianças e adultos? - Não. Para crianças e adolescentes (de 6 a 15 anos), o cálculo do IMC obedece outra tabela.

Quais são as limitações do IMC? - O IMC pode apresentar alterações, dependendo de fatores como a prática de exercícios físicos...


O cálculo do IMC é diferente para mulheres e homens? - Não, o IMC se calcula igual para homens e mulheres.

CALCULANDO O IMPACTO DE UMA COLISÃO EM UM AUTOMÓVEL

Introdução
No Brasil há uma guerra não declarada que mata muito mais do que países em guerra: a guerra do trânsito. Entre acidentes e atropelamentos, são mais de 40 mil mortes por ano no país. Para evitar tantas tragédias, entra em vigor dia 9 de junho uma lei que obriga pais e responsáveis a transportar crianças de até 7 anos e meio no banco de trás dos automóveis, em cadeirinhas próprias. A medida é tema da reportagem "Agora só na cadeirinha", publicada em VEJA, e é um bom ponto de partida para discutir com a moçada a Física por trás dos acidentes automobilísticos.
Pergunto a algum de vocês se já se envolveram ou se conhece alguém que tenha se envolvido em um acidente de carro? Pergunto como esses acidentes poderiam ter sido evitados? Há alguma maneira de fazer com que os danos de uma colisão sejam menores?
O que eles acham da nova lei que obriga pais e responsáveis a transportar crianças de até sete anos e meio em cadeirinhas próprias dentro do carro? São a favor ou contra? Como acreditam que ela poderá ser fiscalizada?
Você seria capaz de registrar pelo menos três cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes - como respeitar as leis do trânsito, não correr, evitar rachas etc. - e três medidas para minimizar os danos provocados por uma colisão - como utilizar o cinto de segurança, levar crianças no banco de trás, sinalizar corretamente um acidente etc.
Quais os princípios e leis físicas podem ser utilizados para analisar o trânsito e os acidentes automobilísticos?
A resolução pode ser encontrada utilizando o princípio da conservação de energia. Desprezando os atritos, pode-se supor que toda energia cinética do carro tivesse sua origem na energia potencial gravitacional.
Supondo que o carro amasse até a metade, a distância percorrida nessa colisão seria aproximadamente metade do seu tamanho, ou seja, em torno de um a dois metros. Utilizando a equação de Torriceli (V2 = Vo2 + 2.a.DS), podemos calcular a desaceleração como sendo ~ 257m/s2 , ou seja aproximadamente a aceleração da gravidade solar (26 vezes a aceleração da gravidade terrestre).
Se a criança pesar em torno de 30kg, a força resultante, calculada pela 2ª lei de Newton (F=m.a) será de 7.710N (equivalente o um peso de 771 kg). Não é à toa que machuca tanto!
Segue os cálculos para velocidades de 80, 60, 40 e km/h e dois gráficos: altura da queda em função da velocidade de colisão; e força aplicada sobre a criança em função dessa mesma velocidade.

Vamos para a seguinte questão:
Uma colisão com velocidade relativa de 100km/h corresponde a uma queda de que altura? Nessa situação, qual o módulo da força média agindo sobre uma criança, ocasionada pela freada do automóvel?
Então é possível escrever que:
a altura pode ser determinada pela relação:
Lembre-se que a velocidade utilizada deve estar em m/s totalizando 27,8 - e não 100km/h. Substituindo os valores pode-se ver que: h ~ 39 metros - ou seja, tomando como base que um andar tem 3 metros, o choque equivalente à queda de um prédio de aproximadamente 13 andares!
Para finalizar, temos que ter em mente que o modelo de cálculo acima utilizado, tem limitações, pois, durante a colisão, a aceleração não é constante, quanto menor a velocidade menor a deformação do carro - o carro amassa menos -, existe a resistência do ar etc

domingo, 15 de fevereiro de 2015

COMO FUNCIONA O FERRO DE PASSAR ROUPAS

Alguém já parou pra pensar como funciona o ferro elétrico? Para entedermos o princípio de funcionamento do Ferro Elétrico é necessário que saibamos bem conceitos como: resistência elétrica, corrente elétrica e a Conversão de Energia Elétrica em Energia Térmica.Dentro do ferro elétrico tem um componente chamado de resistor, cuja uma de suas funções nos circuitos elétricos é de se opor à passagem da corrente elétrica. Tal componente também existe nos chuveiros elétricos, secadores de cabelo, churrasqueiras elétricas, ou seja, em todos os equipamentos que precisam gerar calor como razão princípal para o funcionamento. Os resistores elétricos são formados por ligas ou fios metálicos com resistência baixa. Ao serem submetidos a uma diferença de potencial, são percorridos por uma corrente elétrica e, dessa forma, dissipam potência gerando calor. Esse princípio físico é chamado de efeito Joule ou efeito térmico, em homenagem a James Prescott Joule (1818-1889) que estudou o fenômeno em 1840 e, um ano mais tarde, publicada na Philosophical Magazine, pela Royal Society.
O ferro elétrico consome cerca de 5% da energia gasta em sua casa. É um equipamento que funciona através do aquecimento de uma resistência. Conforme o modelo, sua potência varia de 500 a 1.500 W.
Existe um componente de fundamental importância no ferro de passar roupa que é o termostato (https://www.youtube.com/watch?v=zJdWbVlUvrM). Suas funções são:  - Não deixar que o ferro fique o tempo todo ligado; - Regular a temperatura para que ela não fique o tempo todo no máximo. O termostato é composto por duas laminas de metais com coeficientes de dilatação diferente que, a medida que a temperatura chega no ponto em que você colocou o setor, a temperatura faz com que elas se dilatem se afastando (desligando o ferro); assim que a temperatura cair um pouco, elas se retraem e se encostam (ligando o ferro). Sem este componente, não teríamos a regulagem (seda, linho, algodão etc) e, claro, ao ligar o ferro ele logo iria para a temperatura máxima e não se desligaria ate ser desconectado da rede e sem falar que a resistência queimaria.
O ferro consegue alisar uma roupa amassada da seguinte forma: a energia elétrica é transformada em calor e, então, aquece as moléculas do tecido que estavam bem grudadas por pressão, como em um monte de roupas empilhadas ou após a lavagem na máquina. Ao esquentar, elas começam a se esticar e ocupar um espaço maior. A temperatura necessária para alisar os tecidos varia, o algodão, por exemplo, precisa de mais calor do que o poliéster. Já o papel, feito de fibra de celulose, precisa de uma pequena quantidade de calor para ser alisado.
Você pode observar que alguns ferros liberam vapor d´água na hora de passar a roupa -- sua atuação  também vai variar de tecido para tecido. Ao funcionar como condutor térmico, o vapor ajuda a espalhar o calor e liberar a tensão mecânica das moléculas. No caso de tecidos com maior permeabilidade, a água também facilita a retirada de vincos e marcas, porque entra no meio das moléculas de tecido e as afasta, tornando-o mais macio.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

O QUE É ELETRICIDADE

A palavra deriva do termo em neolatim "ēlectricus", que por sua vez deriva do latim clássico "electrum", "amante do âmbar", termo esse cunhado a partir do termo grego ήλεκτρον (elétrons) no ano de 1600 e traduzido para o português como âmbar. O termo remonta às primeiras observações mais atentas sobre o assunto, feitas esfregando-se pedaços de âmbar e pele.Uma variedade de fenômenos que resultam da presença e do fluxo de carga elétrica é chamado de eletricidade. A carga elétrica do átomo responsável pelo aparecimento do fenômeno da eletricidade são os elétrons. Os elétrons são as partículas dos átomos que ficam na eletrosfera e tem carga elétrica negativa. Os fenômenos mais facilmente reconhecíveis são: eletricidade estática, relâmpagos e correntes elétricas em fios. Além do mais, a eletricidade engloba conceitos mais complexos e menos conhecidos, como o campo eletromagnético e a indução eletromagnética, que são fenômenos que surgem da interação entre a eletricidade e o magnetismo.

1. ELETRICIDADE ESTÁTICA

1.1 O ÁTOMO

Tudo que ocupa lugar no espaço é matéria. A matéria é constituída por partículas muito pequenas chamada de átomos. Os átomos por sua vez são constituídos por partículas subatômicas: elétron, próton e nêutron, sendo que o elétron é a carga negativa (-) fundamental da eletricidade e estão girando ao redor do núcleo do átomo em trajetórias concêntricas denominadas de órbitas. O próton é a carga positiva fundamental (+) da eletricidade e estão no núcleo do átomo. É o número de prótons no núcleo que determina o número atômico daquele átomo. Também no núcleo é encontrado o nêutron, carga neutra fundamental da eletricidade. No seu estado natural um átomo está sempre em equilíbrio, ou seja, contém o mesmo número de prótons e elétrons. Como cargas contrárias se anulam, e o elétron e próton possuem o mesmo valor absoluto de carga elétrica, isto torna o átomo natural num átomo neutro.

1.2 ÁTOMO ESTÁVEL E INSTÁVEL

Um átomo é estável como vimos anteriormente, quando a quantidade de energia dos elétrons (-) e dos prótons (+) são iguais. Como os elétrons estão divididos em camadas distanciadas proporcionalmente do núcleo, os mesmo possuem energias diferentes, chamados níveis de energia. O nível de energia de um elétron é diretamente proporcional a distância do seu núcleo. Os elétrons situados na camada mais externa são chamados de elétrons de valência. Quando estes elétrons recebem do meio externo mais energia, isto pode fazer com o elétron se desloque para um nível de energia mais alto. Se isto ocorre, dizemos que o átomo está num estado excitado e portanto instável. Na camada mais externa suficiente, alguns dos elétrons de valência abandonarão o átomo, se tornando elétrons livres que produz a corrente elétrica num condutor metálico.

1.3 LEIS DAS CARGAS ELÉTRICAS

Alguns átomos são capazes de ceder elétrons e outros são capazes de receber elétrons. Quando isto ocorre, a distribuição positivas e negativas que era igual deixa de existir. Um corpo passa a ter excesso e outro falta de elétrons. O corpo com excesso de elétrons passa a ter uma carga com polaridade negativa, e o corpo com falta de elétrons terá uma carga com polaridade positiva.

- CARGAS ELÉTRICAS IGUAIS SE REPELEM

- CARGAS OPOSTAS SE ATRAEM



1.4 O COULOMB

A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é dada pela diferença entre número de prótons e o número de elétrons que o corpo tem. A quantidade de carga elétrica é representada pela letra Q, e é expresso na unidade COULOMB (C).
A carga de 1 C = 6,25x1018 elétrons. Dizer que um corpo possui de um Coulomb negativo ( -Q ), significa que um corpo possui 6,25x1018 mais elétrons que prótons.

1.5 CARGA ELÉTRICA ELEMENTAR

A menor carga elétrica encontrada na natureza é a carga de um elétron ou próton. Estas cargas são iguais em valor absoluto e valem


e = 1,6 x 10-19 C


Para calcular a quantidade de carga elétrica de um corpo, basta multiplicar o número de elétrons pela carga elementar.


                           Q = n x e

A carga elétrica difere da corrente elétrica. Q representa um acúmulo de carga, enquanto a corrente elétrica I mede a intensidade das cargas em movimento.

Exercício:
Um corpo apresenta-se eletrizado com carga Q = 32 μC. Qual o número de elétrons retirados do corpo?

1.6 CAMPO ELETROSTÁTICO

Toda carga elétrica tem capacidade de exercer força. Isto se faz presente no campo eletrostático que envolve cada corpo carregado. Quando corpos com polaridades opostas são colocados próximos um do outro, o campo eletrostático se concentra na região compreendida entre eles. Se um elétron for abandonado no ponto no interior desse campo, ele será repelido pela carga negativa e atraído pela carga positiva.

1.7 DIFERENÇA DE POTENCIAL

Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga é capaz de realizar trabalho ao deslocar uma outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade é chamada de potencial. Cargas diferentes produzem uma d.d.p. (diferença de potencial). A soma das diferenças de potencial de todas as cargas do campo eletrostático é conhecida como Força Eletromotriz (F.E.M.). A sua unidade fundamental é o Volt. A diferença de potencial é chamada também de Tensão Elétrica. A tensão elétrica é representada pela letra E ou U.

Exercício: Qual o significado da tensão de uma bateria ser igual a 6 V?

2. ELETRODINÂMICA

2.1 CORRENTE ELÉTRICA

Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de força eletromotriz, permitem uma movimentação sistemática de Elétrons de um átomo a outro, e é este fenômeno que é denominado de corrente elétrica. Pode-se dizer, então que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente elétrica, ou seja, corrente elétrica é o fluxo de elétrons em um meio condutor. A corrente elétrica é representada pela letra I e sua unidade fundamental é o Ampère. Define-se 1A como sendo deslocamento de 1 C (6,25×1018 e) através de um condutor durante um intervalo de 1 s.

Exercício: Se uma corrente de 2 A passar através de um medidor durante um minuto,
isto equivale a quantos coulombs?

R.:

A definição matemática da intensidade de corrente elétrica é dada por: I = Q/T

onde:
I = corrente elétrica em ampère;
Q = carga em Coulomb;

T = tempo em segundos.

2.1.1 FLUXO DE CORRENTE

Se ligarmos às duas extremidades de um fio de cobre, uma diferença de potencial, a tensão aplicada faz com que os elétrons se desloquem. Esse deslocamento consiste num movimento de elétrons a partir do ponto de carga negativa Q - numa extremidade do fio, seguindo através deste e chegando à carga positiva +Q na outra extremidade.
O sentido do movimento de elétrons é de – para +. Este é o fluxo de elétrons. No entanto para estudos convencionou-se dizer que o deslocamento dos elétrons é de + para – Este é o chamado de fluxo convencional da corrente elétrica.

Exercícios

1) Em uma seção transversal de um fio condutor circula uma carga de 10 C a cada 2 s. Qual a intensidade de corrente?
2) Um fio percorrido por uma corrente de 1 A deve conduzir através da sua seção transversal uma carga de 3,6 C. Qual o tempo necessário para isto?
3) Qual a carga acumulada quando uma corrente de 5 A carrega um isolante durante 5 s?

2.2 RESISTIVIDADE ELÉTRICA

Define-se resistência como sendo a capacidade de um fio condutor ser opor a passagem de corrente elétrica através de sua estrutura.
Verifica-se experimentalmente que a resistência elétrica de um resistor depende do material que o constitui e de suas dimensões. Para simplificar a análise dessas dependências, vamos considerar que os condutores tenham a forma de um fio cilíndrico como mostra a figura abaixo. Esta é a forma largamente utilizada tanto na transmissão de energia elétrica como na construção de resistores. Considere vários fios condutores de mesmo material, mesma área de secção transversal de comprimentos diferentes. Verifica-se que quanto maior o comprimento tanto maior é a resistência do fio. Então, a resistência é diretamente proporcional ao comprimento do fio.

Matematicamente: R = k × l

Se tomarmos vários condutores de mesmo material, mesmo comprimento, mas de diâmetro diferentes, verificamos que a resistência é inversamente proporcional à área da seção reta do fio.

Matematicamente: R = k x 1/A

Relacionando as duas conclusões acima, obtemos: R = k x l/A

A constante de proporcionalidade é uma característica do material e simboliza-se por ρ (letra grega rô). Recebe o nome de resistividade.
A resistência de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à área da secção transversal do fio. Assim:

R = ρ x l/A

No Sistema Internacional a unidade de resistividade é ohm-metro Wm).
A condutância é o inverso de resistência. A unidade da condutividade é o mho (W-1) ou Siemens (S)

2.2.1 RESISTOR ELÉTRICO

A energia elétrica pode ser convertida em outras formas de energia. Quando os elétrons caminham no interior de um condutor, eles se chocam contra os átomos do material de que é feito o fio. Nestes choques, parte da energia cinética de cada elétron se transfere aos átomos que começam a vibrar mais intensamente. No entanto, um aumento de vibração significa um aumento de temperatura. O aquecimento provocado pela maior vibração dos átomos é um fenômeno físico a que damos o nome de efeito joule. É devido a este efeito joule que a lâmpada de filamento emite luz. Inúmeras são as aplicações práticas destes fenômenos. Exemplos: chuveiro, ferro de engomar, ferro elétrico, fusível, etc...
O efeito joule é o fenômeno responsável pelo consumo de energia elétrica do circuito, quando essa energia se transforma em calor. O componente que realiza essa transformação é o resistor, que possui a capacidade de se opor ao fluxo de elétrons (corrente elétrica). Símbolo:

2.2.2 LEI DE OHM

Considere o resistor abaixo, mantido a uma temperatura constante. Quando o mesmo for submetido a uma tensão elétrica (d.d.p.) E, circulará, pelo mesmo uma corrente elétrica I. Mudando o valor da d.d.p. para E1, E2, ... En , o resistor passa a ser percorrido por uma corrente I1, I2, … In. O Físico alemão George Simon Ohm, verificou que o quociente da tensão aplicada pela respectiva corrente circulante era uma constante do resistor.

obs: A resistência elétrica não depende nem da tensão, nem da corrente elétrica, mas sim da temperatura e do material condutor.

Exercícios. Calcule:
R= 50 W; E= 10 V; I= ?
E= 3,5 V; I= 5mA; R= ?
E= 180 V; R= 30 W; I = ?

E= 220 V; I = 4,4 A; R= ?

2.2.3 CÓDIGO DE CORES PARA RESISTORES

O código de cores é a convenção utilizada para identificação de resistores de uso geral. Compreende as séries E6, E12 e E24 da norma internacional IEC.


Procedimento para Determinar o Valor do Resistor:
- Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela de cores o algarismo correspondente à cor. Este algarismo será o primeiro dígito do valor do resistor.
- Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao segundo dígito do valor da resistência.
- Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número formado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência.
- Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerância do valor nominal da resistência do resistor.
obs.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos terminais do resistor.

Exemplo:
1º Faixa Vermelha = 2
2º Faixa Violeta = 7
3º Faixa Marrom = 10
4º Faixa Ouro = 5%

O valor será 270W com 5% de tolerância. Ou seja, o valor exato da resistência para qualquer elemento com esta especificação estará entre 256,5W e 283,5W.
Entenda o multiplicador. Ele é o número de zeros que você coloca na frente do número. No exemplo é o 10, e você coloca apenas um zero se fosse o 100 você colocaria 2 zeros e se fosse apenas o 1 você não colocaria nenhum zero. Outro elemento que talvez necessite explicação é a tolerância. O processo de fabricação em massa de resistores não consegue garantir para estes componentes um valor exato de resistência. Assim, pode haver variação dentro do valor especificado de tolerância. É importante notar que quanto menor a tolerância, mais caro o resistor, pois o processo de fabricação deve ser mais refinado para reduzir a variação em torno do valor nominal.

2.2.4 POTÊNCIA ELÉTRICA

Se um trabalho está sendo executado em um sistema elétrico, uma quantidade de energia está sendo consumida. A razão em que o trabalho está sendo executado, isto é, a razão em que a energia está sendo consumida é chamada Potência.

Potência = Trabalho/Tempo

Em eletricidade, a tensão realiza trabalho de deslocar uma carga elétrica, e a corrente representa o número de cargas deslocadas na unidade de tempo. Assim em eletricidade:

Potência = (Trabalho/ Unid. de Carga) x (Carga movida/ Unid. de tempo) = E×I
A unidade fundamental de potência elétrica é o WATT

Fórmulas Matemáticas Relacionando Tensão, Corrente, Resistência e
Potência Elétricas.
(a)E = R´ I (b)P = E ´ I (c)P = R´ I 2 (d )I = E ¸ R (e)R = E ¸ I
( f )P = E2 ¸ R (g)I = P ¸ E

Unidades das Grandezas Elétricas – Múltiplos e Submúltiplos